O Pix pode ter uma taxa em 3 casos, sendo eles:
- 1) Recebimento de Pessoas Jurídicas
- 2) Transferências feitas com cartão de crédito
- 3) Saques acima do limite de mensal de 8 retiradas
De acordo com o Banco Central, existem algumas situações em que há cobrança de taxas no Pix. Como por exemplo, para pessoas jurídicas, em momentos em que a transação é realizada com cartão de crédito e, também, quando o usuário ultrapassa o limite mensal de oito saques por mês nessa modalidade.
Mas em matéria divulgada pelo site Valor Investe, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, negou que a taxação do Pix vai acontecer em uma sessão no Senado Federal:
“Não vamos taxar o Pix. Não existe isso.”
1) Taxa do Pix para Pessoas Jurídicas

A taxa do Pix para pessoas jurídicas é cobrada pelas instituições financeiras por cada transação realizada nesta modalidade. Sendo assim, sempre que uma empresa ou negócio receber um Pix, poderá ter uma cobrança de taxa.
E esse valor é descontado de forma automática do que o empreendedor tem a receber. Somente após isso é que o dinheiro é depositado na conta do beneficiário. Além disso, o valor da taxa cobrada varia de acordo com cada banco. Veja abaixo alguns valores:
- Itaú: 1,45% do valor da transação
- Banco do Brasil: 0,99% do valor da transação
- Banrisul: 0,90% do valor da transação
- Bradesco: 1,40% do valor da transação para quem recebe por QR Code
É importante destacar ainda que essa cobrança acontece independentemente da forma que o pagamento é feito por Pix, inclusive usando os apps para gerar QR Code. Apesar disso, nem todos os bancos realizam a cobrança da taxa.
Por isso, o recomendado é entrar em contato com a sua instituição financeira para saber mais sobre, assim como também é preciso entender o que é Pix antes de oferecer no seu estabelecimento.
E caso ainda tenha dúvidas se deve ou não oferecer essa modalidade de pagamento, saiba que o número de transações mensais com o Pix já ultrapassou a marca de 3 bilhões.
Pessoas Físicas, EI e MEI são isentos?
Diferentemente das pessoas jurídicas, as pessoas físicas, Empreendedores Individuais (EI) e Microempreendedores (MEI) são isentas de pagarem a tarifa do Pix. Porém, essa regra cai quando o banco configura o uso da transação como pessoa jurídica.
Sendo assim, neste caso pode sim ocorrer a cobrança da tarifa. Mas caso contrário, pessoas físicas, EI e MEI não precisam arcar com nenhuma taxa ao realizar pagamentos ou receber por meio do Pix.
É importante destacar que a Resolução BCB n° 19 de 1/10/2020 é quem dita as regras para a cobrança de taxa do Pix. Por isso, em caso de dúvidas você não só pode, mas também deve consultá-la.
2) Taxa do Pix para parcelamento no cartão

Existem alguns bancos, carteiras digitais e até mesmo fintechs que permitem que os clientes realizem o Pix com cartão de crédito e parcelamento do valor em até 12x. Porém, por ser uma operação de crédito acaba que ocorre uma incidência de juros em cima do valor.
O valor desses juros podem variar de acordo com o banco. Abaixo veja os valores das taxas dos principais apps para Pix com cartão de crédito:
- RecargaPay: 3,49%
- Mercado Pago: 3,99%
- 99Pay: 3,99%
- PicPay: 4,99%
- Ame Digital: 5,59%
- Digio: 9,9%
Como você viu, são diversos os apps que permitem o Pix com cartão de crédito, porém nem todos sabem como funciona. Para quem recebe o dinheiro nada muda, agora para quem está realizando a transação a diferença é que o valor sai do saldo do cartão e não da conta bancária.
Além disso, você ainda tem a possibilidade de parcelar o valor enviado em até 12x. Mas a pessoa que vai receber o dinheiro recebe o dinheiro de uma única vez e não parcelado. Vale ressaltar ainda que apesar de os bancos permitirem o parcelamento do Pix, essa ainda não é uma funcionalidade do Banco Central que foi anunciada mas não tem previsão de lançamento.
3) Taxa do Pix para saques acima do limite

Ao realizar mais do que 8 saques em um mês através do Pix, algumas instituições financeiras aplicam uma taxa sobre cada saque excedente. Essa taxa pode variar entre R$0,50 e R$1,00 por saque, dependendo da política adotada pela instituição.
Caso não saiba, existe a possibilidade de você realizar o Pix Saque e Pix Troco. Eles são serviços que permitem aos usuários realizar saques de dinheiro em estabelecimentos parceiros, como lojas e supermercados.
Dessa forma, você realiza uma transferência via Pix para o estabelecimento, e o valor é disponibilizado em espécie, como se fosse um saque tradicional em caixa eletrônico. Vale ressaltar ainda que o valor máximo do Pix Saque e Pix Troco varia de acordo com cada loja.
Porém, não são todos os estabelecimentos que realizam o Pix Saque e Pix Troco. Por isso, o mais recomendado é que você acesse o mapa que mostra onde é possível fazer a transação. E apesar de esse tipo de transação não ser novidade, o Pix Saque e Pix Troco só representam 5% do total de transações.
Agendamento do Pix tem taxa?

Não existe cobrança de taxa para agendamento do Pix, este é um serviço oferecido pelos bancos de forma totalmente gratuita como determina o Banco Central.
O Pix Agendado é uma modalidade de transação na qual você pode programar a transferência para uma data futura em até 60 dias depois da programação. Além disso, o dinheiro só sai da conta na data agendada e, caso no dia não tenha dinheiro a transação será cancelada.
E é importante se atentar ao golpe do Pix Agendado, onde a pessoa agenda a transação e após obter o produto cancela. Por isso, é importante que ao verificar o comprovante você veja a data da transação para não ficar no prejuízo.
O empréstimo via Pix tem taxa?

Sim, o empréstimo via Pix tem taxa, assim como qualquer outro tipo de operação de crédito. Porém, essas taxas são parte integrante das operações de crédito e se relacionam diretamente com as políticas adotadas pelas instituições financeiras.
O empréstimo na hora via Pix funciona da mesma forma que os demais tipos de crédito. Ao solicitar o crédito são estabelecidas as condições, incluindo o valor, prazo de pagamento e as taxas associadas. Elas variam dependendo da instituição, do tipo de empréstimo e das condições de mercado.
Porém, a única diferença é que ao ter o seu pedido aprovado, o dinheiro cai na hora na sua conta. E essa é só uma das vantagens do empréstimo.
Conclusão
Ao longo deste artigo você entendeu quais são os três casos em que ocorre a cobrança de taxa do Pix e quem deve arcar com elas. Também entendeu como funciona o pagamento dessas taxas e o percentual delas, que variam de acordo com cada banco.
Caso você ainda tenha dúvidas sobre a cobrança da taxa do Pix, o mais recomendado é entrar em contato com o seu banco para que ele possa te explicar tudo sobre o assunto. Assim você vai saber exatamente será terá que pagar a taxa e o valor dela.
Por fim, não se esqueça que o Pix é uma transação gratuita e segura na maioria dos casos. Mas isso não impede que golpes sejam aplicados por criminosos, por isso todo cuidado é pouco na hora de realizar a transação.
Perguntas Frequentes
Existe cobrança de taxa do Pix?
O Pix em si não tem uma taxa, mas algumas instituições financeiras podem cobrar taxas em alguns casos.
Quanto custa fazer um Pix?
O valor do Pix pode variar entre as instituições. Algumas oferecem transações gratuitas, enquanto outras podem cobrar por serviços específicos.
Preciso pagar para receber um Pix?
Geralmente, não. A maioria das instituições não cobra para receber Pix. Porém, verifique as políticas do seu banco.
Existe limite de valor para transações Pix?
O limite pode variar entre instituições e tipos de conta. Geralmente, há um limite diário para garantir segurança.
O Pix é mais barato que outras formas de transferência?
Sim, ele tende a ser mais econômico e rápido em comparação com TED e DOC, mas é importante verificar as taxas específicas de cada opção.
07-JUL-AGO26